7 de fevereiro de 2013



O São Paulo já não é mais líder do Campeonato Paulista. Sem as principais figuras, a equipe ficou no empate por 1 a 1 contra o Guarani, nesta quinta-feira, no Morumbi. Desfalcados de Rogério Ceni, Luís Fabiano e ainda sem Jadson, os são-paulinos também não tiveram Lucas tão inspirado dessa vez e perderam, dentro de casa, os 100% dos primeiros três jogos da temporada.
Com 10 pontos, o São Paulo leva vantagem nos critérios de desempate contra o Paulista de Jundiaí e ocupa a segunda posição graças a Willian José, que encerrou jejum de quase um ano nesta quinta e fez o gol do time. O Guarani, que teve atuação valente e poderia até ter vencido, tem agora sete pontos, na quinta posição.
O Morumbi recebeu 9.407 torcedores, seu melhor público depois de três jogos na temporada. Mas com Rhodolfo como capitão e sem referências para auxiliar Lucas, o time alternou bons e maus momentos na partida, sobretudo ao ficar em desvantagem após só um minuto de bola rolando. O time igualou e poderia até ter virado com Maicon, Lucas e Ademílson, um dos estreantes da noite, mas empatou.

Willian José faz gesto de torcida organizada para comemorar o gol marcado

O empate do São Paulo quase sem estrelas
Em seus melhores sonhos, o torcedor do São Paulo poderia esperar Rogério Ceni, Jadson, Osvaldo, Luís Fabiano e até Nilmar em campo nesta quinta, contra o Guarani, no Morumbi. Mas nenhum deles estava na partida em que Emerson Leão, em 2012, buscava a quarta vitória no Campeonato Paulista.
Sem Ceni e Luís Fabiano, lesionados, Osvaldo e Jadson, ambos com a estreia adiada por Leão, e Nilmar, cuja contratação não se concretizou, o São Paulo se virou com o que tinha. O técnico ainda promoveu uma novidade, mas bastante conhecida. Denílson foi barrado e Casemiro iniciou entre os titulares pela primeira vez desde 23 de outubro do ano passado.
A equipe são-paulina, novamente no sistema 4-2-3-1, teve ainda Cícero na armação, Lucas e Fernandinho abertos e Willian José como centroavante. Se a linha ofensiva não era de empolgar, foi a defesa que deu susto. O estreante Paulo Miranda formou a zaga com Rhodolfo, mas coube ao Guarani tomar as rédeas primeiro.
Logo com 1min, Danilo Sacramento escapou pela esquerda e, com a defesa tricolor desarrumada, cruzou na medida para Fumagalli escorar com tranquilidade e abrir o placar. O gol desestabilizou e o São Paulo, por pouco, não levou outro. Na cara de Denis, Fumagalli chutou por cima.
Mesmo sem dominar, o São Paulo conseguiu dar mais equilíbrio à partida e aos poucos tentou chegar à frente. As melhores chances pintaram com Cícero, de cabeça e de pé esquerdo, e o gol saiu aos 38min. Depois de escanteio, Rhodolfo recolheu pela direita e fez cruzamento venenoso para Willian José marcar após sua própria cabeçada. Foi o fim de um jejum de 11 meses e duas semanas.
O São Paulo, que ameaçara a virada com Lucas e Casemiro, voltou novamente instável. Bruno Recife quase deixou o Guarani em vantagem em enorme vacilo de Cortez, e os são-paulinos responderam com Rhodolfo após bola parada. Para Leão, muito pouco: Maicon entrou no lugar de Casemiro e Cícero foi recuado para ser volante. Willian José, apagado apesar do gol, cedeu lugar ao jovem Rafinha.
Perder o homem de área não fez bem ao São Paulo e Leão, em 11 minutos, já mudou novamente de estratégia. Fernandinho, em dia esquecível, deu lugar para outro estreante: Ademílson, 17 anos, assumiu o comando do ataque e a equipe melhorou.
Maicon bateu de longe e acertou o travessão, Lucas puxou contragolpe e quase fez e Maicon, de novo de fora, assustou. Ademílson, livre na entrada da pequena área, recebeu cruzamento perfeito de Piris e escorou de cabeça, por cima do gol. Foi a última chance do São Paulo, que pressionou, ofereceu espaços e acabou mesmo com empate.
Ficha técnica
SÃO PAULO 1 x 1 GUARANI
Gols
SÃO PAULO:
Willian José, aos 38min do primeiro tempo
GUARANI:
Fumagalli, a 1min do primeiro tempo
SÃO PAULO: Denis; Piris, Paulo Miranda, Rhodolfo e Cortez; Wellinton e Casemiro (Maicon); Lucas, Cícero e Fernandinho (Ademílson); Willian José (Rafinha)
Treinador: Emerson Leão
GUARANI: Emerson; Oziel, Domingos, André Leone (Neto) e Bruno Recife; Wellington Monteiro; Fábio Bahia e Danilo Sacramento; Fumagalli (Bruno Peres); Fabinho (Valdo) e Ronaldo
Treinador: Osvaldo Alvarez
Cartões amarelos
SÃO PAULO: Wellington
GUARANI: Danilo Sacramento, Domingos
Árbitro
Cássio Luiz Zancopé (SP)
Público e renda
9407 pagantes / R$ 229.965,00
Local 



6 de fevereiro de 2013

Médico exalta recuperação de Rogério Ceni após cirurgia no ombro



Foto: VipcommDedicação de Ceni foi elogiada pelos médicos
"O Rogério está muito bem. Há uns 15 dias, ele já conseguiu ter uma amplitude no ombro igual ao outro lado. Está fazendo treinos aeróbicos, pedalando e correndo. A nossa principal preocupação no começo sempre foi ganhar amplitude nos movimentos dentro do limite da dor", comentou o profissional, em entrevista ao site oficial do clube paulista.




5 de fevereiro de 2013

Rogério Ceni pode desfalcar o São Paulo também contra a Ponte Preta


Fora o goleiro, Luis Fabiano também vai desfalcar o time - Nilton Fukuda/Estadão

Com bursite no ombro direito, goleiro deve ficar de fora do jogo na quarta-feira




SÃO PAULO - Desfalque de última hora no clássico contra o Santos, o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, pode ficar fora também do duelo contra a Ponte Preta, nesta quarta, no Morumbi. Ele foi diagnosticado com uma bursite no ombro direito e um novo exame deve ser feito nesta terça para saber se terá condições de jogo ou não.
A tendência é que ele seja poupado para a partida contra o Atlético-MG, no dia 13, na estreia da equipe na Libertadores. Dessa forma, Denis, titular contra na Vila Belmiro, deve mais uma vez ser escalado e estará em campo pela terceira vez na temporada.
Além da dúvida sobre a participação capitão, Luis Fabiano é desfalque certo. O atacante está com a seleção para o amistoso contra a Inglaterra e dará lugar a Aloísio. Ganso, discreto na partida na Vila, deverá ter nova oportunidade entre os titulares.
DESPEDIDAEmprestado até o meio do ano para a equipe B do Real Madrid, o volante Casemiro viajou para a Espanha e deixou sua torcida para os companheiros. Ele agradeceu o clube por lhe abrir as portas e afirmou que mesmo à distância seguirá os passos do São Paulo.
"Passei mais da metade da minha vida no São Paulo, todos sabem do carinho que tenho pelo clube. O São Paulo me ajudou a crescer como pessoa e como profissional, serei eternamente grato por isso. Vou torcer muito pelo título da Libertadores", disse ele, que, inicialmente, fica no Real Madrid até 30 de junho, podendo, depois, voltar para as semifinais e finais da competição continental. 


4 de fevereiro de 2013

Com dores no ombro, Rogério Ceni desfalca São Paulo em clássico

Goleiro e capitão tricolor fará tratamento no ombro esquerdo Foto:  / Reuters


O São Paulo sofreu uma importante baixa pouco antes de enfrentar o Santos, neste domingo, às 17h (de Brasília), pelo Campeonato Paulista. O goleiro Rogério Ceni reclamou de dores no ombro esquerdo e não acompanhou a delegação que seguiu para a Vila Belmiro. 
No início de 2012, o capitão e ídolo tricolor também teve problemas no ombro - só que no direito - e ficou afastado dos gramados por seis meses. Desta vez, porém, a lesão não preocupa os médicos do clube, que afastam a possibilidade de cirurgia.
Com a baixa de última hora, o jovem arqueiro Léo acompanhou o elenco do São Paulo na viagem a Santos. A titularidade é de Denis, que assim alcançará na Vila a marca de 70 jogos pela equipe.
Ceni fica na capital e faz tratamento para ficar novamente à disposição do técnico Ney Franco o quanto antes.

2 de fevereiro de 2013

Especial


Rogério Ceni: um capitão entre os líderes



A faixa no braço esquerdo não poderia ter melhor dono do que Rogério Ceni. Foi assim em 757 dos 999 jogos que o goleiro fez pelo São Paulo. Neste período, o Mito fez valer o posto de capitão e mostrou uma liderança que poucos conseguiram nos seus 21 anos de clube.
A primeira vez que Rogério Ceni foi capitão do São Paulo foi no Campeonato Brasileiro de 1994. Com 21 anos, o então garoto liderou o "Expressinho" do Tricolor Paulista no empate diante do Paysandu, no Mangueirão.
Foi a estreia. Depois disso, Rogério tomou gosto pela liderança. Respeito que não se pede, se conquista. E Ceni conquistou naturalmente. O profissionalismo, seriedade e dedicação foram apenas alguns ingredientes desta sólida liderança enaltecida por todos que estão ao seu lado.
Entre tantos momentos especiais como capitão, um mostrou o quanto o São Paulo é importante na vida de Rogério. Em 2008, em plena ascensão no Campeonato Brasileiro, o goleiro, com uma lesão na panturrilha direita, ficou fora da partida contra o Ipatinga, em Minas.
Mas nada disso tirou o ímpeto do capitão. Rogério Ceni, em um voo fretado, foi para Ipatinga apoiar o time. Atitude que passou muita confiança para o elenco e mostrou a relação de carinho e compromisso que o camisa 01 tem com o Tricolor Paulista. A equipe acabaria conquistando o Brasileiro daquele ano.
Durante os 999 jogos, muitos jogadores passaram pelo São Paulo e dividiram com Ceni esta liderança dentro de campo. Raí, considerado um dos ídolos da história do clube, é um deles. Após retornar ao clube em 1998, o ex-camisa foi fundamental para o crescimento profissional de Ceni.
"O Rogério sempre teve liderança pela sua postura e inteligência. É exemplo. Com o tempo, esses traços só se intensificaram e amadureceram. Esta marca de mil jogos ninguém jamais baterá. É uma marca que tem nome e sobrenome: Rogério Ceni", ressaltou Raí.
E quem não se lembra da raça inconfundível do uruguaio Diego Lugano? Junto com Rogério Ceni e Raí, Lugano é considerado um dos principais ídolos recentes do São Paulo. O zagueiro, que honrou como poucos a camisa do Tricolor, enaltece a liderança do eterno companheiro.
"O Rogério é um grande exemplo de postura, caráter, comando e liderança. Serve de espelho não só para os mais jovens como também para os mais experientes", Diego Lugano
Junta-se a tudo isso os 103 gols e 31 títulos com a camisa tricolor. Rogério Ceni é o capitão de ontem, hoje e amanhã no São Paulo. Um líder dentro e fora de campo. Capaz de ter o respeito de uma nação de fanáticos. Ele, por si só, é uma lenda viva, que jamais será esquecida por toda torcida são-paulina.
Curiosidades de um capitão histórico:
Quando Rogério Ceni estreou, o capitão era Ronaldão.
Quando Rogério Ceni assumiu a titularidade em 1997, no primeiro jogo, o capitão foi André Luiz. Mas, de fato, o capitão efetivo na seqüência do ano foi Axel.
Rogério Ceni foi capitão pela primeira vez em 14 de agosto de 1994, no Expressinho, no jogo Paysandu 0 x 0 São Paulo, pelo Brasileirão.
Foi capitão pela 100ª vez em 11/03/2001, na vitória por 3 a 0 sobre o Palmeiras.
Foi capitão pela 200ª vez em 09/02/2003, no empate em 1 a 1 com a Portuguesa Santista.
Foi capitão pela 300ª vez em 13/07/2004, no empate em 0 a 0 com o São Caetano.
Foi capitão pela 400ª vez em 22/10/2005, na derrota por 2 a 1 para o Santos.
Foi capitão pela 500ª vez em 10/06/2007, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG.
Foi capitão pela 600ª vez em 23/11/2008, na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco da Gama.
Foi capitão pela 700ª vez em 28/10/2010, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR.
Rogério Ceni foi capitão pela primeira vez da equipe considerada principal já quando era titular do time, em 3 de agosto de 1997, em jogo do Campeonato Brasileiro contra o Internacional (1 a 1), no Morumbi - Embora não fosse o capitão efetivo.
Rogério Ceni foi efetivado capitão no início da temporada de 1999, mas somente enquanto Raí se recuperava de contusão ou quando o camisa 10 não atuava.
Para todos os efeitos, Rogério Ceni é capitão absoluto da equipe do São Paulo desde 6 de setembro de 2000, quando o São Paulo venceu o Colo Colo no Morumbi por 4 a 0 em jogo da Copa Mercosul, sob o comando de Levir Culpi.
Desde então, em todas as partidas que jogou, sempre foi capitão da equipe.


Especial


Rogério Ceni: o Mito para a torcida são-paulina


No dicionário, a definição de Mito é: Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade. Para o torcedor são-paulino, a resposta é: Rogério Ceni. Herói, ídolo, mito de uma nação apaixonada pelo camisa 01.
Ao longo da vitoriosa carreira, Rogério construiu não só com a imagem de um grande jogador, mas também de um profissional acima de qualquer crítica e conceito. Adorado pelos são-paulinos, Ceni tem o respeito de muitos outros torcedores espalhados pelo mundo.
Da criançada que faz marcação cerrada no goleiro na entrada do Morumbi aos já barbudos que faltam no trabalho para ter o prazer de ver um gol do ídolo. Cada um a sua maneira, ao seu estilo. Mas todos com um mesmo objetivo: ter dois segundos da atenção de Rogério.
Mas esta admiração não acontece só por parte da torcida tricolor. Rivais, personalidades e grandes ídolos de outros clubes também sabem da importância que Rogério Ceni tem para o futebol. Recíproca que é verdadeira, pois o camisa 01 sempre soube reconhecer quem merece.
"Um dia vou parar, mas a vida continuará. O São Paulo sempre continuará imenso, enorme e eu vou ser mais um torcedor do São Paulo. Vou ocupar um espaço mais do que especial que existe, que é de torcedor. É o motivo de tudo, de vir ao estádio, executar com vontade o seu trabalho", ressaltou Rogério.
Nesta quarta-feira diante do Atlético-MG, no Morumbi, Rogério Ceni completará mil jogos com a camisa do São Paulo. 7 de setembro de 2011 que ficará marcado na história do país. Do Brasil, sim. Um povo que ficará orgulhoso de um trabalhador que sempre elevou o nome de seus pares.